sábado, 16 de agosto de 2008

NAISBITT, John. Macrotendências: dez novas orientações que transformam as nossas vidas. Tradução: Maria do Rosário de Souza Guedes. Lisboa: Editorial

Durante anos negávamos que os nossos alicerces industriais se acham em constante erosão, ainda que isso esteja a acontecer debaixo dos nossos olhos. 15

1 – Mudamos de uma sociedade industrial para outra baseada na criação e distribuição de informação. 2 – Movemo-nos numa direção dual de alta tecnologia/toque especial, confrontando cada nova tecnologia com um resposta humana compensatória. 3 – Não mais nos podemos dar ao luxo de funcionar como um sistema econômico nacional auto-suficiente e isolado; termos de admitir agora que somos parte de uma economia global. Ao avançarmos para outras tarefas, começamos a libertar-nos da idéia de que os Estados Unidos são e têm de continuar a ser o líder mundial da indústria. 4 – Estamos a reestruturar uma sociedade orientada por orientações e recompensas de curto prazo em favor do tratamento das questões em esquemas de prazos muito mais alargados. 5 – Nas cidades e nos Estados, nas pequenas organizações e subdivisões, recobrimos a capacidade de agir de forma inovadora e de conseguir resultados – de base para o topo. 6 – Estamos a deixar de depender de assistência institucional para ter uma maior auto-confiança em nós próprios, em todas as facetas das nossas vidas. 7 – Estamos descobrindo que o enquadramento da democracia representativa se tornou obsoleto numa era em que a informação é compartilhada instantaneamente. 8 – Estamos a abandonar a nossa dependência das estruturas hierárquicas em favor de estruturas de informação. Este aspecto será particularmente importante para a comunidade de negócios. 9 – Mais americanos vivem agora no Sul e no Oeste, abandonando as velhas cidades industriais do Norte.. 10 – De uma sociedade limitada do tipo ‘ou isto ou aquilo’ com um espectro reduzido de opções pessoais, estamos expandindo-nos numa sociedade de roda livre e de opções múltiplas. 16

Conhecemos esta sociedade através de um método chamado análise de conteúdo, que tem raízes na Segunda Guerra Mundial. Durante a guerra, os peritos em informações procuraram encontrar um método para obter o tipo de informações sobre as nações inimigas que os inquéritos de opinião pública geralmente pronunciavam. 18

As sociedades são, evidentemente, como os seres humanos. Uma pessoa só consegue ter na sua cabeça e no seu íntimo uns tantos interesses e problemas de cada vez. Ser surgirem novos problemas ou interesses, alguns dos anteriores são postos de parte. 19

Num mundo onde os acontecimentos e as idéias são analisadas até a exaustão, onde a complexidade cresce por saltos de ‘quantum’, onde o barulho infernal da informação é tão intenso que temos que gritar para que nos ouçam, sentimos fome de estruturação. 25

Não sou o primeiro a falar sobre uma sociedade de informação, é evidente. Não é um idéia nova. Com efeito, já não se trata de uma idéia – é uma realidade. 27

O problema é que a nossa forma de pensar, as nossas atitudes e, conseqüentemente, o nosso processo de tomada de decisão não acompanharam as realidades. 29

Por a maior parte da população ter deixado de produzir bens de consumo é natural supor-se que se está a fornecer serviços. 30

Nenhum comentário: