sábado, 21 de maio de 2011

Autoridade, Populismo e Mediocridade na Gestão Pública

Graças a democracia a gestão pública tem vivenciado inúmeras transformações conduzindo-a cada vez para mais perto das pessoas e dos interesses das comunidades. A verdadeira autoridade pública tem se aproximado das pessoas através da chamada gestão democrática pautada em valores e princípios básicos. Estão entre estes princípios estão a garantia do respeito ao interesse público, a otimização dos recursos, a descentralização da gestão, a subordinação a lei e a obediência a valores éticos quando da gestão do patrimônio público.

Assim, a autoridade é um elemento articulador de ações que em favor da melhoria da vida das pessoas, volta-se ao interesse da coletividade. Não há mais espaço para arrogâncias, imposições e abusos. Há poucos que ainda ostentam seus cargos como forma de sobrepor aos outros, encarnando o poder como instrumento de dominação. Assumem assim uma postura medíocre, de pouca credibilidade, normalmente populistas sustentados em discursos e bravatas que pouco convencem.

Umas das formas de extirpar este estágio de mediocridade é exercer plenamente a democracia. O Brasil está consolidando esta prática renovando legislativos, governos e confirmando gestores que demonstrem respeito às pessoas e aos interesses públicos. Se não é o modelo ideal, mas é o que melhor resultados têm produzido. Democratizar a gestão pública implica em fazer com que cada gestor priorize o coletivo em detrimento do individual.

Assim um gestor público não pode simplesmente atender interesses politiqueiros e mesquinhos de líderes, que em nome da representação popular, agem de forma prepotente e inconseqüente para defender interesses individuais e até pessoais. Se estivessem atentos aos interesses da população estariam mais preocupados em fortalecer a autoridade de quem está construindo uma nova postura frente aos desafios do cotidiano.

Estes desafios caracterizam-se pelo cumprimento rigoroso da lei e pela incessante preocupação em ser justo tratando a todos por igual, respeitando as diferenças. Assim não há mais espaço para o “jeitinho” e para o improviso o que pode causar estranheza naqueles que contam com isso para manter sua “popularidade” e omitir sua mediocridade.

Desta forma com o aperfeiçoamento da democracia e a profissionalização da gestão pública está se construindo uma nova fase do exercício da autoridade. Cumprir a lei, ser justo, coerente e ético na gestão pública passa a ser a regra e com isso consolida-se um tempo de respeito ao patrimônio e a dignidade da coletividade.